O artigo discute as inter-relações entre gordofobia, (re)existências e ativismo gordo, no que concerne às experiências de mulheres gordas durante a pandemia do novo coronavírus. As autoras se baseiam em suas experiências como mulheres gordas, numa perspectiva autoetnográfica, em diálogo com o aporte teórico-crítico que evidencia o campo dos estudos do corpo gordo, o movimento decolonial, o ativismo gordo e o feminismo decolonial em diálogo com o feminismo gordo. As autoras discutem de que modo a pandemia do novo coronavírus evidenciou a gordofobia no Brasil, ao tempo em que a exacerbou, bem como de quais formas têm se dado a atuação do ativismo de mulheres gordas nesse processo de enfrentamento ao preconceito.