Para lidar com a necessidade de atender a uma enorme população desassistida, a sociedade civil criou  várias iniciativas. Com o objetivo de dar coesão e interconexão entre elas, e sistematizar as informações, outras ações elaboraram catálogos, observatórios e mapas, que localizam e descrevem intervenções e facilitam o encaminhamento de doações e outros apoios.

O COEP (Comitê de Entidades Públicas no Combate à Fome e pela Vida), em parceria com o Laboratório Herbert de Souza – Tecnologia e Cidadania (UFRJ), criou um mapa com várias iniciativas da sociedade civil, ou por ela apoiadas, especialmente aquelas voltadas para populações vulnerabilizadas.

É possível verificar o mapa, bem como cadastrar uma iniciativa, no site do COEP. Também é possível acessar destaques, como a oferta de cursos gratuitos sobre como combater o vírus (veja aqui).

A Universidade Federal do ABC, em conjunto com parceiros da sociedade civil, criou o Mapa Colaborativo, que reúne as diversas práticas colaborativas que estão sendo realizadas em todas as regiões do Brasil para amenizar danos gerados pela pandemia de Covid-19.

O intuito é ajudar na promoção das ações e na captação de recursos, apoios e parcerias, bem como na criação de um registro histórico colaborativo de mobilizações da sociedade civil e das universidades frente à pandemia. A plataforma também permite que as pessoas encontrem os movimentos e os coletivos para ajudá-los na continuação de cada trabalho.

O Observatório de Direitos Humanos-Salve Sul, junto ao Núcleo de Apoio à Pesquisa Produção e Linguagem do Ambiente Construído (NAPPLAC) FAU/USP, está desenvolvendo um mapa colaborativo para identificar violações de direito durante a pandemia.

O mapa é alimentado através de um formulário de denúncia, o intuito é sistematizar essas informações e pressionar o poder público a efetivar os direitos violados.

A Associação Imagem Comunitária, de Belo Horizonte, lançou a plataforma “Periferia Viva: Força-Tarefa Covid-19”, iniciativa com o objetivo de reunir “campanhas, demandas e iniciativas de quem está nas periferias, vilas, aglomerados e favelas de Belo Horizonte, da Grande BH e do interior de Minas”.

No site, é possível acessar o mapa das iniciativas cadastradas pela campanha.

O grupo de pesquisa Práticas Sociais no Espaço Urbano (Praxis) da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais e a Secretaria Municipal de Política Urbana de Belo Horizonte lançaram um mapeamento de iniciativas de combate à Covid-19 em favelas e ocupações na Região Metropolitana da capital mineira.

É possível acessar a plataforma clicando neste link.

A plataforma PARANÁ CONTRA A COVID-19, em construção, é uma iniciativa de profissionais e estudantes de planejamento urbano que pretende, gradativamente, reunir informações e análises para o monitoramento e enfrentamento da COVID-19 no Paraná.

Além de conteúdo técnico, como painel dos casos, mapa de setores de risco, contempla o mapa da solidariedade com campanhas para as populações mais vulneráveis.


Projeto do REPAM (Red Eclesial Panamazonica) criou um site que, além de mapear dados sobre o impacto da Covid-19 nos povos indígenas da Amazônia, vem publicando uma série de boletins para tornar visível, periodicamente, a situação dos povos e comunidades indígenas da Amazônia neste momento.

Confira a página aqui.

Em setembro de 2020, a pandemia ainda impacta as favelas do Rio de Janeiro. As comunidades seguem na linha frente, enfrentando a precariedade e a falta de apoio governamental no combate às dificuldades impostas. Os grupos comunitários, dedicados a apoiar os moradores das periferias nesse momento, têm relatado que as doações têm diminuído desde os primeiros meses da pandemia, porém os mesmos desafios permanecem, alguns até se intensificaram.

O Rio on Watch fez um compilado de campanhas ainda existentes no Rio de Janeiro que precisam de apoio, é possível acessá-la aqui.

A Abong (Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais) criou uma Rede Solidária com o intuito de unificar, em uma só plataforma, diversas iniciativas da sociedade civil para mobilizar as pessoas por ajuda e proteção.

Na plataforma é possível cadastrar uma iniciativa, solicitar apoio, fazer doações ou se engajar mais ativamente nas ações.

Dicionário de Favelas Marielle Franco, que tem como objetivo estimular e permitir a coleta e construção coletiva do conhecimento existente sobre as favelas, é uma referência-chave sobre informações relacionadas à luta contra a pandemia nas favelas (principalmente do Rio de Janeiro, mas também de outros lugares do país). Na plataforma é possível encontrar listas de contatos de coletivos e campanhas, pesquisas, reportagens, fotos, vídeos, comentários, entrevistas e reflexões acadêmicas.

A plataforma também compila dados de organizações que prestam contas sobre os gastos com o que vêm recebendo via doações (ver aqui).

Guia de iniciativas cidadãs de enfrentamento ao coronavírus, inovação social e resiliência cívica em tempos de pandemia. O site apresenta várias informações sobre a pandemia (informações sobre cuidados durante a pandemia, fontes de informação oficiais), bem como diversas listas de iniciativas sobre tópicos como: cultura, trabalho e renda, consumo solidário e redes de solidariedade, apoio a populações com direitos ameaçados, questões de gênero, moradia, pesquisa, entre outros. 

Acesse o site aqui.

O Observatório Covid-19 Fiocruz tem como objetivo desenvolver análises integradas, tecnologias, propostas e soluções para enfrentamento da pandemia por Covid-19 pelo SUS e pela sociedade brasileira.

Estruturado de modo colaborativo, reúne os trabalhos já desenvolvidos em diversos laboratórios, grupos de pesquisas e setores da Fiocruz, no âmbito de suas competências e expertises, desenvolvam suas atividades em redes de cooperações internas e externas, para a produção e divulgação de materiais para o enfrentamento da pandemia. Tem se tornado uma importante referência para informações confiáveis durante a pandemia.

Observatório de Movimentos Sociais da América Latina do Núcleo de Estudos de Teoria Social e América Latina (NETSAL), da UERJ, busca não somente catalogar diferentes iniciativas de combate à Covid na América Latina, mas também “apreender os sentidos das disputas em curso. “ 

Até o momento, isso envolveu a elaboração do primeiro número da “Comunica América Latina”, que reúne artigos sobre experiências em diferentes países da região, entre março e junho de 2020.

Site informa a evolução semanal de doações realizadas para minorar o impacto da Covid-19. Elas podem ser visualizadas por tipo de doador (empresas, campanhas, indivíduos).

É possível conhecer campanhas de doação e também doar para a ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos), instituição responsável pelo monitoramento.

Armed Conflict Location & Event Data Project (ACLED) lançou o COVID-10 Disorder Tracker, para sistematizar dados sobre protestos e conflitos relacionados à pandemia em várias regiões do mundo. Inclui desde episódios de violência contra trabalhadores da saúde até protestos contra medidas de isolamento.

O Observatório do Marajó trabalha para construir tecnologias sociais que sirvam à população, sobretudo à população marajoara, para pautar a agenda pública e os processos políticos a partir do conhecimento e da informação. O Observatório lançou uma iniciativa para trazer dados sobre o contexto social da região e de cada um dos municípios, intitulada Cadernos do Marajó, Edição Especial – 40 dias de Marajó com Coronavírus. O Caderno e demais informações podem ser acessadas pelo link.

Dicionário de Favelas Marielle Franco, que tem como objetivo estimular e permitir a coleta e construção coletiva do conhecimento existente sobre as favelas, é uma referência-chave sobre informações relacionadas à luta contra a pandemia nas favelas (principalmente do Rio de Janeiro, mas também de outros lugares do país).

Na plataforma é possível encontrar listas de contatos de coletivos e campanhas, pesquisas, reportagens, fotos, vídeos, comentários, entrevistas e reflexões acadêmicas. A plataforma também compila dados de organizações que prestam contas sobre os gastos com o que vêm recebendo via doações (ver aqui).

O “Nós, mulheres da periferia”, um coletivo jornalístico independente, formado por jornalistas moradoras de diferentes regiões periféricas da cidade de São Paulo, está engajado no enfrentamento à COVID-19. O website do coletivo abriga uma variedade de análises que destacam como a pandemia afeta desigualmente a periferia, como os riscos de exclusão do ensino à distância, os limites do acesso a bens culturais, o uso do transporte público e uma série especial sobre Racismo Ambiental: mulheres indígenas e quilombolas na proteção de seus povos contra o COVID-19.

Quatro jovens da Rocinha, Zona Sul do Rio, que são entusiastas da tecnologia e da computação criaram o projeto Opina Rocinha, com o intuito de captar a percepção dos moradores da favela sobre a pandemia. O painel traz informações sobre a situação em que os moradores da favela se encontram em meio ao surto de coronavírus. O objetivo é fornecer dados sobre as condições das favelas, inclusive com o intuito de viabilizar políticas públicas que realmente atendam e auxiliem essas pessoas.

A Frente de Mobilização da Maré, mesmo sabendo das dificuldades com a subnotificação dos dados informados pelo governo, tomou a iniciativa de elaborar um painel que é atualizado diariamente com o número de casos confirmados e óbitos nas favelas do Rio de Janeiro.

O grupo de pesquisa Práticas Sociais no Espaço Urbano (Praxis) da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais e a Secretaria Municipal de Política Urbana de Belo Horizonte lançaram um mapeamento de iniciativas de combate ao covid-19 em favelas e ocupações na Região Metropolitana da capital mineira.

A Rede de Coletivos Populares de Paulista COPPA, formada por vários grupos das periferias da Região Metropolitana do Recife, juntou-se a outras organizações da sociedade civil e profissionais para elaborar um mapeamento das áreas de maior vulnerabilidade socioespacial no município de Paulista. A partir do cruzamento de 11 indicadores (que levam em conta variáveis como idade, gênero e raça, entre outras), o Atlas mapeou as áreas de menor e maior vulnerabilidade no território. A pesquisa também coletou dados sobre os casos oficiais de contaminação pelo vírus e mostrou que estes estavam concentrados nas áreas mais densamente habitadas até meados do mês de abril. O Atlas pode ser acessado aqui.

A organização Marco Zero, que tem por objetivo “qualificar o debate público promovendo o jornalismo investigativo e independente”, está lançando o mapa da comunicação popular do Grande Recife. A ideia é ampliar a visibilidade das narrativas periféricas, em contexto de luta contra a pandemia. Para participar do mapeamento, é possível acessar o formulário no site.