O estudo se baseia em uma pesquisa de campo etnográfica junto aos dirigentes sindicais bancários do interior do Rio Grande do Sul para analisar os repertórios de mobilização colocados em prática pelo sindicalismo bancário, durante o primeiro ano de pandemia, bem como as possibilidades e desafios da atuação sindical. Os resultados mostraram que os confrontos do sindicato não se restringiram às pautas habituais, como garantir salários e condições de trabalho, havendo um deslocamento dos repertórios de mobilização para a defesa da saúde e da própria vida dos trabalhadores. O autor aponta que, apesar do distanciamento social imprevisto e consequentes restrições à atuação sindical, o processo de mobilização continuou, de forma predominante, pelos meios digitais. O artigo também observa que a pandemia do COVID-19 também possibilitou o reinventar da ação sindical, com foco na segurança e proteção da vida dos bancários e de suas famílias.