Acesse, nesta página, estudos importantes realizados por membros de outros grupos de pesquisa e instituições, que contribuem para a organização e análise das informações sobre a pandemia e seus impactos:

Em nota técnica publicada pelo IPEA, Roberto Pires identifica os principais efeitos das medidas preventivas para os grupos e territórios mais vulnerabilizados. O autor afirma, contudo, que não se trata de uma avaliação das medidas em si, mas sim objetiva compreender limitações e efeitos adversos que são consequências dessas medidas de enfrentamento à crise.

A Consultoria CAUSE Brasil elaborou um relatório composto por temas que, segundo a agência, ocuparão ainda mais espaço e importância na vida em sociedade, durante e depois da pandemia. São 11 temas divididos em blocos temáticos. O documento pode ser lido na íntegra neste link.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) fez uma nota técnica a respeito dos impactos da pandemia para as organizações da sociedade civil, pensando quais são seus desafios e perspectivas. O texto também aponta algumas alternativas e reflexões, em um esforço de contextualização a partir de mapeamentos e descrições de perfis das organizações em atividades no país.

O ISER – Instituto de Estudos da Religião lançou a primeira edição do livro “Covid nas prisões: Pandemia e Luta por Justiça no Brasil (2020-2021)”.

“Como abolicionista penal, olhar para essa bomba-relógio – que são as prisões brasileiras – já é uma tarefa difícil, mas através das lentes ampliadas presentes em cada texto, cada relato, cada testemunho, cada desenho de política de proteção à vida das pessoas encarceradas, tudo tomou dimensões reveladoras da grave situação de atualização do sistema colonial de vingança que sustenta as prisões do Brasil”. (do prefácio de Vilma Reis)

A publicação reúne textos que retratam as inaceitáveis condições do sistema prisional brasileiro, muito prejudicadas com a emergência do novo coronavírus. Possibilitado através de uma parceria com a Rede Justiça Criminal, o livro conta com 32 artigos, escritos por mais de 50 autoras e autores de filiações diversas.

Baixe gratuitamente e confira o livro

O Livro “Covid-19 from the margins: pandemic invisibilities, policies and resistance in the datafied society”, organizado por Stefania Milan, Emiliano Treré e Silvia Masiero, traz vários ensaios sobre a pandemia e o uso de dados no Sul Global.

O Colabora.lat é um projeto de 3 anos, que tem como objetivo estudar e construir recomendações sobre os modelos de governança implementados por Estado e sociedade civil para responder à Covid-19. O projeto é coordenado por universidades e think tanks de pesquisa. No blog do projeto, estão disponíveis vários relatórios de pesquisa. O mais recente trata dos impactos da pandemia em mulheres trabalhadoras informais na Bolívia.

Casa Fluminense, que se auto-define como “polo de uma rede de pessoas e organizações dedicado a fomentar ações compartilhadas voltadas à promoção de igualdade, ao aprofundamento democrático e ao desenvolvimento sustentável no Rio”, iniciou a publicação da série Infográficos da Desigualdade. A série faz parte do processo de pesquisa do Mapa da Desigualdade | Região Metropolitana do Rio de Janeiro 2020. A publicação vai apresentar um conjunto de 40 indicadores sobre a realidade das desigualdades.

A ONG Coding Rights elaborou um estudo sobre 18 novos projetos de lei, apresentados desde o dia 11 de março de 2020, que encontram-se na intersecção entre o COVID-19 e tecnologia. Entre os temas estão: direito de acesso à rede, desinformação, proteção de dados pessoais e vigilância. Além de fazer um levantamento dos projetos, a ONG também apresenta algumas reações da sociedade civil. Leia aqui.

Elizabeth Sousa Cagliari Hernandes e Luciana Vieira publicaram uma análise sobre a presença de mulheres entre os trabalhadores de saúde, com base em dados bibliográficos e quantitativos acerca da força de trabalho feminina na área da saúde no Brasil, e analisa algumas das dificuldades específicas enfrentadas por essas profissionais no contexto da pandemia. “As ações dessas mulheres tanto afetam quanto são afetadas pelas dinâmicas de enfrentamento à Covid-19 no país, e são fortemente influenciadas por determinantes de gênero”. Para acessar, clique aqui.

O Instituto Data Favela faz pesquisas com moradores de favelas de todo o país. Entre os dias 20 e 22 de março, aplicou questionário com 1.142 participantes, para saber como as pessoas estavam reagindo à pandemia. Entre outras coisas, a pesquisa mostrou que àquela época mais de 80% das crianças em idade escolar estavam em casa. Para acessar a pesquisa, clique aqui.

O Projeto “De Olho na Quebrada” realizou pesquisa com moradores de Heliópolis (São Paulo) e mapeou como o isolamento social afetou a população. Segundo a pesquisa, realizada entre os dias 27 e 29 de março com 514 participantes, 68% declararam ter tido perdas no rendimento mensal.

O Observatório Eleitoral da América Latina (OBLAT) da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires lançou um estudo sobre as políticas públicas de enfrentamento ao coronavírus na América Latina. A pesquisa está dividida em três partes, a primeira apresenta um comparativo entre Argentina e os cinco países com os quais faz fronteira. A segunda a compara com outros 6 países latino-americanos. Por fim, a terceira parte traz um estudo mais amplo comparando 19 países da região.

O presente relatório, coordenado pelos pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Leonardo Leal, Maria Amélia Corá, Luciana Santana e Emerson do Nascimento, busca apresentar, de forma sintética, os resultados de uma pesquisa voltada a entender as respostas das OSC frente à crise da pandemia de Covid-19, na cidade de Maceió/AL. Os dados apresentados na pesquisa foram extraídos por meio de entrevistas online dirigidas a representantes de 100 organizações da sociedade civil alagoana. O intuito foi identificar, na perspectiva das lideranças comunitárias, as ações e desafios da sociedade civil local e avaliar as políticas públicas desenvolvidas e/ou em desenvolvimento voltadas à mitigação das consequências sociais e econômicas da pandemia de Covid-19 na cidade de Maceió/AL. Acesse aqui.

Boletim de Análise Político-Institucional n. 25 publicado pelo IPEA em fevereiro de 2021, traz vários artigos sobre a pandemia. Camila Escudero, por exemplo, escreve sobre os impactos da pandemia nas organizações da sociedade civil. Há, também, análises sobre o uso de tecnologia no enfrentamento à pandemia de Covid-19, realizando um comparativo entre países asiáticos e o Brasil. Outros textos analisam as políticas públicas e a situação de setores vulneráveis, como os moradores de rua.

Este espaço interativo compila pesquisas de países da África, Ásia e América Latina sobre o impacto que a pandemia está tendo nessas regiões. A urgência da segurança alimentar, os perigos da violência doméstica, as liberdades restritas, o aumento do desemprego e a necessidade de empregos formais tornam-se evidentes na gama de artigos, pesquisas e apresentações multimédia que pode encontrar neste pólo. Vá aqui.

A Oxfam está realizando um projeto intitulado “Emergency Agency in Times of Covid-19” (Ação emergencial em tempos de Covid-19). A pesquisa mostra a mudança na relação entre sociedade e Estado durante a pandemia e evidencia as diferenças entre as organizações da sociedade civil e os repertórios mobilizados. É possível baixar o relatório completo neste link.

O relatório “Manifestos Públicos em Tempos de Covid-19”, escrito por Ana Claudia Teixeira e Adriana Pismel, da equipe do Núcleo de Pesquisa em Participação, Movimentos Sociais e Ação Coletiva (NEPAC/Unicamp), procura compreender quais foram as principais pautas, políticas públicas e mudanças de paradigmas que perpassaram os manifestos públicos produzidos nos últimos meses, em torno da covid-19. O conjunto de textos analisados está disponível aqui no site do Repositório. E o relatório pode ser encontrado aqui (no site do NEPAC).

Centro de Educação e Assessoramento Popular (CEAP-RS) realizou um estudo qualitativo com 23 ONGs e movimentos sociais brasileiros, sobre as respostas à pandemia e os impactos da pandemia na sua atuação. O estudo pode ser acessado aqui, na página do CEAP. Além do texto escrito, o CEAP também produziu uma série de vídeos sobre o que intitularam “A Travessia”, disponíveis no seu site e no seu canal no YouTube.

O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), tem tido um papel importante na coleta e análise de dados de usuários da Internet no Brasil. Mais especificamente, o Painel TIC COVID-19 tem como objetivo coletar informações sobre o uso da Internet durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. Veja mais informações e acesse os dados no site do CETIC.

Boletim 17 da Rede de Pesquisa Solidária aponta que as maiores preocupações das comunidades periféricas no contexto da pandemia são a fome e a persistente violência à qual estão expostas. A pesquisa realizou entrevistas com moradores, a maioria dos quais indicava que a flexibilização do isolamento teria um efeito prejudicial nos seus territórios, a despeito das suas dificuldades para cumpri-lo serem maiores. A metade das lideranças locais não confiava no governo para garantir a segurança da população.

Franco, et al. fazem uma avaliação dos repertórios de ação coletiva mobilizados por atores de lugares urbanos de moradia informal por toda América Latina, a metodologia da pesquisa foi uma etnografia virtual e análise espacial das iniciativas, um survey usando snowball respondido por mais de 200 organizações, desde o estágio inicial da pandemia até 30 de maio. A pesquisa identificou sete esferas de informalidade que podem ter sido o objeto da ação dos movimentos em cada território: moradia, saúde, renda, segurança alimentar, infraestrutura, segurança e participação política. Os autores destacam a centralidade de já haver, antes da pandemia, algum nível de associativismo local para permitir a resposta rápida da sociedade civil. Além disso, a formação de redes e concentração de organizações que promovem ação coletiva nesse contexto tem a ver com a capacidade de mobilização social do país como um todo. Baixe o documento aqui.

O Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB FGV-EAESP) realizou, entre os dias 15 de abril e 1 de maio, pesquisa online com 1.456 profissionais da saúde pública no Brasil. O intuito dessa pesquisa foi de compreender qual a percepção destes profissionais sobre os impactos da crise em seu trabalho, bem-estar e modo de agir. Os resultados mostram, por exemplo, que quase 90% desses profissionais declaram ter medo do novo coronavírus, porcentagem que sobe no caso dos profissionais localizados no Norte do país. Apenas 14% dos respondentes declararam sentir-se preparados para lidar com o vírus e quase 90% disseram não ter recebido treinamento para lidar com a pandemia. Acesse aqui o relatório da pesquisa.

“Com o intuito de atender à demanda da sociedade brasileira que vive, hoje, momentos de grave crise de saúde pública, decorrente da pandemia da COVID-19, o IBGE, envida esforços no sentido de dar conhecimento público, de forma preliminar, os resultados do mapeamento dos Aglomerados Subnormais”. “Aglomerados subnormais” é a terminologia utilizada pelo IBGE, que inclui favelas, loteamentos, vilas, etc. Esse esforço é muito importante, considerando que os últimos dados são do Censo de 2010 e estão obviamente defasados. Por exemplo, em 2010 contava-se 3.224.529 domicílios nesses “aglomerados”; em 2019, o número cresceu para 5.127.746. Os principais resultados podem ser acessados aqui. Veja também aqui para acesso à base e à documentação sobre a pesquisa. Além dessa iniciativa, o IBGE criou uma página específica, na qual reúne as “iniciativas realizadas e as ações em desenvolvimento em relação a seus estudos e pesquisas para apoiar os esforços no combate à Covid-19”.